domingo, 14 de março de 2010

Meus estigmas

Às vezes passo alguns períodos 1/2 que abestalhado.

Fico pelos cantos e me fecho, sem nenhuma explicação, na concha da minha solidão.

É lamentável!

Mas ficar 1/2 que absolutamente sozinho alguns dias da vida é de vital importância.

É necessário para a autocrítica, as autobroncas, para discutir você com você mesmo, para você se reinventar, você pintar você com novas cores, novos brilhos e luzes.

E assim você continuar um pouquinho interessante para você e para as pessoas com quem vive, convive, pessoas com as quais você transa as suas químicas pessoais.

Só posso dizer:

Às pessoas que fazem parte do meu laboratório diário, minha companheira, meus filhos, amigos e cachorros só posso pedir um pouquinho de paciência e as minhas desculpas por, às vezes, ser tão distante, tão desconectado do mundo real.

Sou apenas um sujeito que tem um vulcão na cabeça.

Em constante erupção.

E não posso fazer nada para encerrar as minhas atividades pirotécnicas.

Nem evitar alguns danos que inevitavelmente o meu fogo causa a quem vive ao meu redor.

São os estigmas da criação que carrego desde criança.

Que me povoam a cabeça com suas inquietudes metafísicas.

E me lembram que sou apenas um ser humano.

Com as minhas belezas, feiúras, fraquezas...

E o meu livre-arbítrio!

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