A escancarada manhã se faz.
E saio à rua tomado de inquietante sensibilidade.
Preciso fazer algo, algo importante para não perder a imagem desta manhã.
Uma fotografia.
Um poema.
Uma melodia.
Uma crônica.
Um guardar a 7 chaves no fundo da memória.
Um sair pelo mundo contando sobre a sua beleza.
Um mergulhar no infinito da sua claridade.
Um encher o peito e se sentir feliz.
Que manhãs assim não acontecem todas as manhãs.
Às vezes uma... ou duas vezes na vida.
Pra muitos, nenhuma!
Pra mim, a primeira!
Que manhãs desta grandeza, Deus, egoisticamente, guarda só pra ele.
E só as libera quando tomado de profunda compaixão, por nós, enche a cara à noite.
E de manhã, ressacado, as deixa escapar, por descuido, pelos vãos dos dedos.
E elas amanhecem para nós.
Com todas as suas sutilezas.
E surpresas.
Graças a Deus!
TõeRoberto
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