Naquela manhã, sem mais nem menos, Maurinha juntou a roupa e... fui!!!
Ledo Álvaro não acreditou.
Ficou ali, boquiaberto, com a xícara de café na mão... sem palavras.
Ouviu a porrada da porta se fechando, colocou a xícara de café na pia, subiu até o quarto, abriu a gaveta, pegou o 38, abriu, verificou se estava carregado - estava - fechou, voltou pra cozinha, terminou de tomar o café - frio -, abriu a porta e desceu a rua com o 38 na mão.
200 m abaixo avistou Maurinha no ponto de ônibus.
Aproximou-se...
Maurinha virou-se, ficou branca; morena que era, e resmungou:
Ledo Álvaro!
O 1º tiro foi na cara, o 2º no peito esquerdo, o 3º no peito direito, o 4º na barriga, o 5º no meio das pernas...
Maurinha no chão, guardou a arma na cintura, subiu a rua, entrou em casa, colocou o 38 em cima da mesa, tomou mais um café, ligou a tv - no Pica-Pau - sentou-se no sofá, ouviu a sirene da polícia e começou a rir com as peripécias do passarinho, como fazia todas as manhãs.
Na mesinha de centro, Maurinha, agarrada ao seu pescoço, sorria num daqueles momentos de extrema felicidade.
E Ledo Álvaro nem aí...
Pra bosta nenhuma!
TõeRoberto
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário