segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ensaio sobre o tédio


Me responda:

Por onde um cara entediado começa a falar sobre o tédio?

Estou tão entediado que estou fazendo isto por obrigação.

Pura obrigação de cronista que adora o tédio e de falar sobre ele.

E morre de tédio!

Uma merda, não é?

Merda, não; uma bosta!

Uma grande bosta!

Sempre digo:

Idiota não tem tédio!

Meu Deus, o que posso dizer?

Acho que vou deixar esta porcaria de texto pra lá e vou assistir ao Faustão.

Depois vou assistir ao Fantástico.

Ao filme da noite.

E vou dormir.

Amanhã, quando levantar, pego novamente no papel pra escrever a porra deste texto.

Cheio de tédio.

Morto de tédio.

Mas o texto vai ter que esperar.

Porque tenho que ir pra rua.

Ir ao trabalho e alimentar o meu tédio com o suor do meu rosto.

E voltar pra casa cheio de tédio.

E vou, novamente, tentar escrever este pequeno ensaio sobre o tédio.

Morrendo de tédio.

Porque é humanamente impossível viver sem tédio neste mundo cheio de gente entediante.

E cheia dos argumentadores antitédio.

Os idiotas!

TõeRoberto

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