segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Eu, Nena e nossos cachorros

Eu e minha cara-metade Nena somos apaixonados por cachorros... e outros animais.

Isto às vezes incomoda um monte de amigos que frequentam a nossa casa.

Mas, em nome da amizade, eles engolem as lambidas, os pulos no colo, a festa quando chegam à porta da nossa casa.

Até aí tudo bem!

Mas, outro dia, um amigo meu, do peito, que não é qualquer merda na vida; é advogado e jornalista saiu com esta:

"Todas as pessoas que gostam de cachorro do mesmo jeito que vocês precisam consultar um psiquiatra, pois têm sérios problemas mentais".

E me disse ainda:

"Até já dormi com cachorro na minha cama por motivos familiares, mas nunca mais esta porra vai acontecer novamente na minha vida... nem fudendo!".

Fiquei olhando.

Falar o quê?

Ele é uma pessoa extremamente inteligente, formador de opinião, escritor... e tudo mais que há de bom na vida.

Ele deve estar certo, eu errado.

Mas digo uma coisa:

Sou um sujeito que já confiou/acreditou muito na raça humana.

Vivi, sobrevivi, convivi, fiz amizades, alguns desafetos e vou observando de longe o trágico andamento dos seres humanos.

E não sei não.

Meu amigo, como eu disse, pode até estar certo... corretíssimo, mas uma coisa eu digo.

Com o passar dos anos, quanto mais eu convivo com as pessoas mais eu gosto dos meus cachorros.

É inevitável.

Dóceis, animados, amicíssimos, alegres, festivos, graciosos... apaixonados.

E me dirão:

Mas é um animal, a sua irracionalidade, é lógico, o leva a tratá-lo como um ser superior, como um dono, como o único sujeito da vida dele, já que ele não tem opção de escolher outro dono... outro amor.

Concordo, mas este não é o problema.

O problema não é a relação deles para comigo, mas sim a minha relação com eles.

São meus verdadeiros anjos, meus verdadeiros amores!

Entendem a minha linguagem da mesma maneira que eu entendo a linguagem deles.

São fascinantes.

Não os troco por nada.

Que me desculpe o meu amigo do peito.

Os meus cachorros também são os meus amigos do peito.

E não abro mão disto nunca.

Nem que para isto tenha que fazer um tratamento psiquiátrico de 10 anos.

O que não vai adiantar nada.

Porque entre um psiquiatra e os meus cachorros eu fico com os meus cachorros.

Que, com as suas presenças humildes e tranquilas, me fazem entender mais do mundo, das pessoas do que qualquer psiquiatra metido a besta.

Eu amo você de paixão, meu amigo.

Mas também amo os meus cachorros.

Só pra constar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O amor não tem fronteiras

10 segundos foi o tempo que durou aquele beijo.

Míseros 10 segundos!

E bastou!

O tesão, a paixão, o amor, a loucura subiram pelas pernas, foram até o cérebro, se organizaram da maneira mais doida do mundo e desceram pro coração de Leomário.

Lá se fixaram.

E pronto!

Um doido nasceu para o mundo.

Quirinha se afastou do beijo.

Não era bem o que queria/pensava.

Achou tudo um grande engano, se desculpou, pegou a bolsa, se despediu e ia sair.

Leomário foi até a porta, girou a chave, tirou da fechadura e guardou no bolso.

Quirinha questionou.

Leomário olhou apaixonadíssimo para ela.

Ela tentou chegar até a porta, ele barrou.

Ela questionou de novo.

Ele, sem mais nem menos:

Mulher minha não faz o que quer!

Susto, desespero... conversa.

Nada!

Irredutível!

Pra cima, outro beijo.

Não! Não! E não!

Encostada na porta:

Sai!

Não!

O corpo no corpo!

A luta.

Tentativa de sair.

Nada!

A mão no pescoço!

A falta de ar.

Um grunhido... e pronto!

O amor não tem fronteiras.

Tanto nos aproxima de Deus, como pode matar.

Ou pode convidar o diabo para o beijo apaixonado.

Ou para a dança ao luar.

Depende do caso!