sexta-feira, 29 de maio de 2009

AJOELHOU TEM QUE REZAR!

Você é do tipo atirado/atirada?
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Costuma fazer arte?
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Não arte na acepção da palavra, mas arte: 'coisa errada', 'besteira', 'safadeza', 'sacanagem', 'leviandade', 'atentado ao pudor', 'cagada'... merda mesmo?
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Tipo: já fez sexo oral onde?
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Na cama? Não, na cama é manjado!
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No carro? Não, no carro se faz mais do que na cama!
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No BBB? Não, no BBB se faz mais que na cama e no carro!
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To dizendo lugares inusitados, difíceis.
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Tipo: No Bungee Jump, no restaurante, no banheiro da firma, embaixo da mesa de jantar, na arquibancada do Fla-Flu, na cama do sogro/sogra - com eles em casa, na Câmara dos Deputados - em sessão, no paraquedas, dentro do avião, no táxi, no ônibus, no cinema, no jet-sky, na boca do vulcão, na jaula do leão... no Domingão do Faustão?
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Já, em alguns destes lugares?
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Legal!
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Eu também já fiz em alguns destes lugares, mas nunca imaginei fazer onde um casal de italianos fez: no confessionário!
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Em Casena, na Itália, a polícia foi chamada para verificar "gemidos e barulhos estranhos" vindos de um dos confessionários.
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A polícia chegou e pegou o casal fazendo sexo oral.
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Pegou o casal com a boca, ou as bocas, na botija.
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O legal: os dois só deram uma paradinha quando a polícia chegou, mas terminaram a coisa entre 'gemidos e barulhos'.
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Depois, delegacia.
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Gostei da ideia!
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Como faz uns trocentos anos que não vou à igreja, agora tenho uma motivação maior que a fé.
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Com certeza vou experimentar e se for pecado a gente pode aproveitar a oportunidade única e se confessar.
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Estou me organizando... convencendo a cara-metade.
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Domingo que vem...
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Vou correndo pra igreja.
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Com um só pensamento: ajoelhou tem que rezar!
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TõeRoberto-post in jampa/pb

terça-feira, 26 de maio de 2009

EVENWILDES SHAKYRA

Por favor, Evenwildes Shakyra, vê se tu esquece - mulhé - aquele meu negócio com Suzanésia Gabriele!

Aquilo foi só um chamego, um ato falho, uma safadagenzinha de nada!

Eu gosto mesmo é de tu, mulhé!

Esquece, Evenwildes, Suzanésia Gabriele!

Que eu te levo para comer uma buchada de bode lá no Bode de Ouro e te dou um colar de pedras lá da feirinha do Tambaú!
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TõeRoberto-post in férias por aí/br

sábado, 23 de maio de 2009

DOIS MUNDOS

Sou um cara de sorte!
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Vivi em 2 mundos, 2 mundos completamente diferentes... opostos.
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O Brasil era outra coisa!
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Eu, de 01 a 07 anos, não conhecia dinheiro.
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Meu pai praticava escambo.
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Tocava sua rocinha de parceria com o dono da terra: o famoso meeiro, que era com se chamava isto naquele tempo... acho que hoje também
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E da terra tirava o arroz, o milho, o feijão, a mandioca, a batata-doce, o amendoim, o quiabo, o jiló, o pepino, a banana, a melancia, a abóbora, o abacate, a manga, a goiaba, a jabuticaba... a laranja etc etc etc.
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E criava as suas galinhas, o seu porco, a sua vaquinha, a minha eguinha de nome Garoa - cega de um olho - e tinha o peixe do corregozinho... o inhambu e a codorninha na capoeira.
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E, em casa, de maneira artesanal e saudável, transformava o milho em farinha, pamonha, curau e quitandas - o maravilhoso pau-a-pique; a mandioca em farinha e polvilho - o polvilho em biscoito; o leite da vaca em queijo e doce; o porco em carne, linguiça, chouriço e gordura - e, com os restos, sabão; as frutas em conservas... tudo se aproveitando, nada do desperdício que vemos hoje.
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E o escambo: Garoa na estrada, um pau atravessado na garupa - cheio de galinhas, um embornal cheio de ovos, queijos... conservas.
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Da cidade vinham as únicas coisas industrializadas que precisávamos: o tecido - sargento era o que o meu pai comprava; a botina - feita artesanalmente; a enxada, a foice, o machado, o canivete, o pente, o sal, o querosene - não tínhamos luz elétrica - e, raras vezes, o açúcar, porque tínhamos a rapadura.
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Duas galinhas por uma botina, dois queijos por um canivete, uma galinha pelo querosene, uma conserva por um punhado de sal.. e assim a vida caminhava e os caipiras, meu pai e sua família, sobreviviam naquele mundo diferente.
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Eram tempos difíceis, mas tenho orgulho de ter vivido e sobrevivido a isto.
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Não tenho como criar um parâmetro entre os dias de hoje e aqueles.
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Naquele tempo as pessoas trabalhavam e produziam o seu próprio alimento, as coisas para as suas necessidades básicas.
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Hoje ninguém produz mais nada; tudo é consumo, desperdício, exageros de produtos; pessoas morrendo pra ter, conseguir, possuir... sonhar, que é o que fabrica a falsa felicidade dos tempos modernos.
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As pessoas não sabem fazer mais nada, perderam a capacidade de produzir artesanalmente as coisas da sua sobrevivência.
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Tudo se resume nas prateleiras dos supermercados com seus preços exorbitantes, seus agrotóxicos, seus hormônios, e tantos outros venenos que nem sabemos que existem.
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Ainda me lembro, com saudade, das galinhas, dos porcos e da vaquinha.
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E, como se fosse hoje, do dia de fabricar sabão, farinhas, polvilho, queijo, pamonha, conservas... coisas que faziam do ser humano um ser mais espiritual... mais próximo de Deus.
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Mas aqui estou!
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E arremedando Drummond posso dizer: que quando estou na roça penso no elevador, quando estou no elevador penso na roça.
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E vou me consumindo no meio do mundo... do consumo!
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E bateu uma saudade danada da minha eguinha, a Garoa!
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TõeRoberto-post in férias por aí/br

quarta-feira, 20 de maio de 2009

TUDO NORMAL, TUDO PONTUAL

Poemas Adolescentes 1
Momentos

Nada de novo nessa mudança de estado

que possa ser poesia.
Tudo normal, tudo pontual
à beira da praia e no alto-mar.

Uma ou duas velas se cruzam na amplidão
deixando entediado e indeciso
o meu coração.

Tudo normal, tudo pontual
a tarde e o mar são a mesma figura
na tela pendurada na parede do horizonte.

Mas não fora tudo isso não existiria no ar
uma movimentação ativa
que mistura em meu sangue
o ódio e o amor existentes no quadro
que meus olhos projetam por essa tarde
preguiçosamente azul.

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TõeRoberto-são paulo/sp-15maio1974-post in férias por aí/br

domingo, 17 de maio de 2009

QUERENTINA CLAREANNA

20 anos de casamento, Querentina Clareanna, são 20 anos de casamento!

Não são 20 meses, 20 semanas, 20 dias, 20 horas, 20 minutos, 20 segundos.

São 20 anos: 7.300 dias - 240 meses - 960 semanas - 175.200 horas - 10.512.000 minutos - 630.720.000 segundos.

É só pra lembrar - eu sei que tô parecendo contador, mas cê sabe que eu detesto contabilidade!

E números conjugais!

Mas sabe quantas vezes nestes 7.300 dias - 240 meses - 960 semanas - 175.200 horas - 10.512.000 minutos - 630.720.000 segundos você me chamou para discutir a relação?

7.300 dias... 240...
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TõeRoberto-post in férias por aí/br

quinta-feira, 14 de maio de 2009

PONTOS DE CONVERGÊNCIA

Você, meu amigo, está se sentido 1/2 que baleado com a patroa?
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A patroa tá pra baixo, 1/2 que pelos cantos!
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Sua irmã anda deprimida?
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Aquela amiga tentou o suicídio?
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A sua cunhada não sai da igreja?
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Suas colegas de trabalho vivem de TPM?
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O problema de uma, meu amigo, é o de todas: orgasmo!
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Anos e anos trepando sem ter tido um!
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Ninguém é de ferro: todo mundo quer se divertir divertindo.
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Mas agora isto é passado!
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Depois de anos em trabalho de campo eu descobri a solução para todos estes problemas: a localização exata do Ponto Gräfenberg ou o maravilhoso Ponto G!
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A tristeza da sua patroa, da sua irmã, da sua amiga, da sua cunhada, das colegas de trabalho e de todas as mulheres tristes que convivem com você acabou: elas nunca mais serão as mesmas!
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Não importa se são umas barangas ou a Sharon Stone.
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Vão se transformar numa máquina de sexo, gritos, gemidos e de "eu quero mais!".
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Tome uma atitude!
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Aprenda a localizar o Ponto G: acesse http://www.euacheiopontog.com.br/ e faça a sua reserva.
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Atendo a domicílio.
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Não pratico teorias.
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Aulas práticas.
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Curso especial de como curvar o dedo para chegar lá.
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Garanto 10 orgasmos por minuto ou devolvo o seu dinheiro.
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Garanto sigilo absoluto.
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E felicidade sem limites.
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E pra você, meu amigo, eu também tenho uma ótima notícia.
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Você também tem o seu pontinho mágico.
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E este mês estou em promoção: pague 1 e faça 2!
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Mas lembre-se, somente este mês!
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Vou ensinar, de graça, a patroa a localizar o seu - seu de você - Ponto G ou Ponto TõeRoberto... o maravilhoso Ponto TR!
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Sua performance sexual sofrerá uma verdadeira revolução.
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Você se transformará num novo homem!
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Sua patroa se transformará numa especialista em Ponto TR... o maravilhoso Fio Terra!
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E você em Ponto G!
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A convergência perfeita!
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Junte o G com o TR e tenha curtos-circuitos maravilhosos com a sua nova patroa!
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E, entre gritos e sussurros, sejam sem-vergonhosamente felizes!
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E, por favor, espalhem a novidade para os amigos e amigas!
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TõeRoberto-post in férias por aí/br

segunda-feira, 11 de maio de 2009

SUBMERSÃO PROFUNDA

Poemas Adolescentes 1
Momentos

Submerso no quadro da janela
nem sonha e já se esquece
que a noite é fria
e nela adormece
a dor encarapuçada
emersa do dia.

Fuma, olhos parados
pensamento estático:
o ser, a estátua grega
estátua apática
no horizonte negro
que infinita a noite.

Recua: passos compassados
de ré pro quarto
de frente pra vida
dentro do submundo
a mágoa sentida
agora vencida
pela quietude profunda
desta escuridão arisca.

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TõeRoberto-guaranésia/mg-julho1975-post in férias por aí/br

sexta-feira, 8 de maio de 2009

C'EST LA VIE!

Ontem me deu vontade de ouvir música francesa.
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Saudoso - hoje tudo é fácil - acessei a internet e achei música francesa à vontade.
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E fiquei emocionado... muito emocionado, porque a música romântica francesa emociona.
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Ouvi Adamo, Charles Aznavour, Christophe, Edith Piaff, Yves Montand, Mireille Mathieu, Françoise Hardy, Alain Barriére, Charles Trenet, Serge Gainsbourg&Jane Birkin, Michel Polnareff, entre outros.
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E me lembrei dos anos 60, 70, época em que ouvíamos muita música francesa e italiana.
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Ainda não éramos atrelados aos americanos como somos hoje.
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Convivíamos bastante com a Cultura Europeia.
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Não que consumir Cultura Europeia seja melhor que consumir a merda da subcultura americana.
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Mas era diferente!
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Era mais romântico!
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Éramos mais ingênuos e as coisas, com certeza, eram mais bonitas.
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Arrepiávamos com mais facilidade.
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Apaixonávamos frequentemente.
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E ficávamos enamorados dos personagens dos filmes, levados pelo romantismo das músicas.
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Tudo era mais humano: o cinema era feito com atores, hoje o cinema é feito com computadores.
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Valorizava-se mais a história que a forma.
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Hoje valoriza-se mais a forma que a história.
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E fiquei com saudades daqueles tempos.
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E ouvi músicas francesas a tarde inteira pra ter certeza que, de uma maneira ou de outra, aqueles tempos eram melhores que hoje.
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E eram!
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E, infelizmente, não podemos fazer nada!
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C'est la vie!
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TõeRoberto-post in férias por aí/br

terça-feira, 5 de maio de 2009

GINECLEIDE SABINA

Hoje, Ginecleide Sabina, revirando o meu passado, na gaveta da escrivaninha, dei de cara com a sua cara!

Serena, calma, linda, maravilhosa, introspectiva... um amor de menina... um anjo em forma de mulher!

Quem foi o fotógrafo que conseguiu falsificar a sua alma?

Quem foi este mágico que transformou a filha do cão em gente?
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TõeRoberto-post in férias por aí/br

sábado, 2 de maio de 2009

O SACRIFÍCIO

Eu juro!

É a mais pura verdade!

Ademais é um assunto que só interessa a mim, mas eu quero expô-lo em público.

É o meu nascimento.

Cambaio, dentes tortos, magricela, 1 quilo e 200 gramas, cabeçudo, orelhudo... nem me lembro mais o que faltava, afinal faz tanto tempo!

O médico olhou, olhou... olhou e disse à minha mãe: é melhor sacrificar, este não vai pra frente e ser for não vai dar nada na vida!

Filho-da-puta!

Minha mãe não concordou com o sacrifício e partiu para o sacrifício.

E eu crescia... crescia?

06 meses, 08 meses, 01 ano, 01 ano e 1/2, 01 ano e 08 meses... dois anos... a mesma merreca.

Nada de falar... ou andar!

Novamente no médico, o mesmo: não falei que era melhor sacrificar?

Novamente minha mãe não concordou.

Mas aos 02 anos e 02 meses, pra alívio da minha mãe, dei o meu primeiro passo e falei - se me lembro bem - minha primeira palavra: 'calaio!'
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E nunca mais parei de falar merda!

E fui crescendo.

Acompanhado do meu eterno amigo: o meu bicão vermelho, aquele grandão que tinha uma argola branca no meio - acho que era pra gente não engolir o danado - com um negócio no fundo que fazia fuííííí... fuííííí... fuííííí todas as vezes que a gente apertava a parte gordinha do dito cujo.

E me acompanhou até os 07 anos, e só deixei o meu amiguinho porque, a partir desta idade, eu comecei a definir o conceito de vergonha na cara.

E aqui estou: cresci torto, fiz muitas coisas tortas... mas fui!

Mas até hoje eu ainda fico pensando: não teria sido melhor a minha mãe ter permitido que o filho-da-puta daquele médico tivesse me sacrificado?

Será que o mundo não teria sido um pouco melhor sem a minha presença anônima?

Será que eu não falei e fiz merda demais?

Será que?...

Foda-se!!!

Uma merda a mais no mundo!...
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TõeRoberto-05:22-post in jampa/pb