segunda-feira, 9 de maio de 2011

A respeito de manhãs

E, de manhã, o mar estendia o seu manto verde até a linha do horizonte.

Olhei... mergulhei.

E fiquei pensando:

Mais de 30 anos trabalhando em regime fechado, tipo penitenciária remunerada.

Enquanto a beleza desta manhã acontecia todos os dias.

E eu ausente.

Nem sequer sabia que existiam tantas manhãs.

Porque enquanto trabalhava nunca olhei uma manhã da maneira como olhei a de hoje.

Apenas olhava.

Naquele tempo eu não enxergava.

E fiquei triste.

Os homens estão cada dia mais idiotizados, imbecilizados, vulgarizados...

E se afundam, com avidez ímpar, na guerra pelo dinheiro, pelo poder, pelo nem sei o quê.

E esqueceu que as manhãs acontecem todos os dias.

E eles morrerão sem vê-las.

E se acharão o máximo.

Porque julgam que fazem coisas importantes.

Mas são apenas prisioneiros da prisão invisível chamada rotina.

São prisioneiros no lado inverso da vida.

Onde os tolos fixaram residência.

E se tornaram cegos.

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