segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lembranças

Hoje estive pensando nas pessoas que conheci e que foram caindo pelo caminho durante estes últimos 50 anos.

No andamento da vida, na beleza e da tristeza que ela é, e por não estarmos preparados jamais para o seu fluxo natural e constante.

Para o seu fechamento inevitável, o the end... o final da história.

Minha cabeça se povoou de gente conhecida, gente com quem convivi, gente que sempre me vem à memória em algum momento.

Como hoje, quando acordei ouvindo a música Perfídia que, por algum motivo, mergulhou minha cabeça nas recordações.

Minha Avó Maria, Meu Avô Narciso, Tio João, Tio Zé, Tio João, Tio Luiz, Tia Dila, Tia Maria, Seu Procópio, Anésio, Seu Lúcio, Seu Pedro do Banco, Seu Juca, Dona Ana, Carlinhos Marangoni, Marinho Teixeira, Márcia, Bidoginho, Rogério, D. Jandira, Miltinho, Toninho Beija-Flor, Totonho, Berto Mazeti, Dito Bônis, Bola, Marquinho Rola, Sá Norica, Alcindo, Tião, Meu avô José Domingos, Tio Vlademir, Tia Amélia, Tia Ana, Besita, Meu Pai, Anibal, Fernandão, Dinei, Gatão, Didico, Zé de Alcântara, Glória, Valdir de Alcântara, Dedé, Sofia, Toninho Cândido, Dona Ana Paleta, Cris, Ezequiel, Laurinho, Adriano, Alexandre, Josenildo, Dr. Batalha, Seu Euzébio, Jorge, Valdioni, Lourenço, e muitos outros que eu esqueci.

Histórias e histórias esquecidas.

Um enorme conhecimento desaparecido.

Segredos que nunca serão revelados.

Olhos que nunca mais olharão.

Bocas que jamais falarão.

Ouvidos que jamais ouvirão.

Sonhos que jamais serão sonhados.

Gente que passou... que deixou alguma coisa invisível no ambiente em que viveu.

Que deixou alguma presença no rosto dos filhos, uma árvore plantada, um poema escrito... um momento fantástico... uma mágoa... uma saudade doída... ou não deixou nada.

Gente que se foi nos últimos 50 anos.

Hoje eu pensei neles.

E senti que a minha vida está impregnada de coisas deles... de coisas que aprendi com eles... de lembranças de coisas que vivenciei com eles.

Independente de terem sido parentes, amigos do peito ou pessoas com quem convivi circunstancialmente e que, às vezes, nem gostava muito.

É triste, as pessoas não gostam muito de lembrar nem falar destas coisas.

As pessoas querem esquecer os seus mortos... para deixar de sofrer.

Mas tive necessidade de falar... pra ficar em paz com as memórias dos meus últimos 50 anos.

E ver se conseguia conter o sentimento doído que tinha se apossado de mim.

Melhorou, mas não passou!

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