Aposto no ódio, cuspo no amor.
O amor, tá na cara, é doente; o ódio, saudável e promissor.
É questão de lógica: o gigante x o anão.
O amor se esquiva; sobrevive aos trancos&barrancos nos folhetins novelescos.
O ódio é real, está nas ruas; na voz que grita o assalto, na voz de quem pede a esmola, nos olhos de quem exige amor.
O amor se isola e se imola nas conversas dos que já odeiam e pensam amar.
O ódio é correto, cheio de moral.
Não se esconde de nada, ao contrário está sempre disposto a mostrar sua cara, a dar o melhor de si.
O amor se desuniversaliza.
O ódio atravessa as fronteiras, das terras e dos corações.
O amor é lerdo, negocia-se por muito tempo o seu preço.
O ódio é lépido, é de graça, não necessita negociação.
Aposto tudo o que tenho no ódio, até o meu pseudoamor, as minhas esperanças.
o amor não tem futuro.
O ódio é o nosso objetivo.
E não demora o enterro do último ser que amou.
E eu quero estar preparado, com o meu ódio em dia.
Pronto para enfrentar os tempos que virão.
Que não serão bonitos de ver, de viver... conviver.
E muito menos de sentir...
O futuro chumbo negro da alma.
E do coração.
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