segunda-feira, 11 de julho de 2011

Unanimidade burra

Ontem, às 21:15, saí de casa e fui até o posto de gasolina comprar uma cerveja.

Esses vícios noturnos!

4 quarteirões de casas e prédios.

Silêncio na noite, ouve-se o som de algumas casas, de alguns apartamentos.

Assustador!

Todos os sons são da novela da Globo.

Me perguntarão:

E daí?

Daí que eu acho uma verdadeira doidura!

É como se todas as pessoas lessem somente obras do Sartre, vissem somente as pinturas de Salvador Dali, ouvissem somente as músicas do Paulinho da Viola, comessem somente arroz com ovo, bebessem somente batida de coco, convivessem somente com os gatos, amassem somente as lindas, votassem somente numa pessoa, visitassem somente o museu, viajassem somente pra Inglaterra, torcessem somente pelo Palmeiras... assistissem somente um canal de televisão.

Não tem alguma coisa errada?

O grande Nelson Rodrigues dizia: "Toda unanimidade é burra!".

Concordo em gênero, número e grau.

É preciso, com urgência, repensar/diversificar/criar outro segmento de entretenimento para a família brasileira.

Acabar com a falsa regra do "é da Globo é bom!".

Conversa!

A Globo, como todo mundo tá careca de saber, é apenas uma das ferramentas de dominação cultural.

Nada mais que isso.

Só que tem uma grande arma:

Apresenta a todas as pessoas o seu lixo aculturado coberto de purpurina e glamour.

Porque é assim que se faz um país com um povo analfabetamente chique.

Sem senso crítico.

Sem opção de lazer.

E que vive engolindo merda.

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