Depois da 7ª cachaça Hilderôneo levantou-se, pagou a conta, saiu do bar, atravessou a praça - alto - a cabeça girando como uma roda-gigante, bateu na porta de Sidoneide.
Sildoneide, de camisolinha vermelha, abriu a porta e perguntou:
O que tu qué aqui, Hilderôneo?
Pedir perdão!
Perdão, Hilderôneo, por quê?
Por ter comido Gildelinda!
Tu comeu Gildelinda, Hilderôneo?
Comi, Sidoneide!
Tá perdoado, volta pra tua cachaça!
Fechou a porta na cara de Hilderôneo e correu para o quarto.
Na cama, Gildelinda às gargalhadas, perguntou por Hilderôneo.
Foi tomar mais cachaça pra sossegar o remorso.
Ô ruim!, por que não chamamos ele pra cama?
Doida?
Não, só com dó do nosso homem!
Cale a boca, minha fia, e continue chupando que de macho tô cheia!
E enfiou a cara no meio das pernas de Gildelinda.
Que gemeu baixinho!
Pensou em Hilderôneo.
E sorriu!
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