segunda-feira, 4 de julho de 2011

Amores plurais

Depois da 7ª cachaça Hilderôneo levantou-se, pagou a conta, saiu do bar, atravessou a praça - alto - a cabeça girando como uma roda-gigante, bateu na porta de Sidoneide.

Sildoneide, de camisolinha vermelha, abriu a porta e perguntou:

O que tu qué aqui, Hilderôneo?

Pedir perdão!

Perdão, Hilderôneo, por quê?

Por ter comido Gildelinda!

Tu comeu Gildelinda, Hilderôneo?

Comi, Sidoneide!

Tá perdoado, volta pra tua cachaça!

Fechou a porta na cara de Hilderôneo e correu para o quarto.

Na cama, Gildelinda às gargalhadas, perguntou por Hilderôneo.

Foi tomar mais cachaça pra sossegar o remorso.

Ô ruim!, por que não chamamos ele pra cama?

Doida?

Não, só com dó do nosso homem!

Cale a boca, minha fia, e continue chupando que de macho tô cheia!

E enfiou a cara no meio das pernas de Gildelinda.

Que gemeu baixinho!

Pensou em Hilderôneo.

E sorriu!

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