Ontem à tarde, cervejinha gelada, aquele marzão lindo diante dos olhos... eita felicidade!
Quando entra um casal.
Jovens, 20 e poucos anos, com uma garotinha de + ou - 06 meses.
Sentaram-se à minha frente.
Colocaram o bebê-conforto sobre a mesa, deitaram a garotinha.
Bué! Bué! Bué!
As chantagens, por afeto, do ser humano começam cedo.
A moça - mãe - pegou a criança no colo e começou a balançá-la.
O moço ficou sentado.
05 minutos depois, a garotinha na cama.
Bué! Bué! Bué!
A mãe pegou a criança de novo.
Chacoalhou, chacoalhou, chacoalhou.
O moço continuou sentado.
De novo na cama.
Bué! Bué! Bué!
A cena se repetiu durante 1/2 hora, depois a mocinha dormiu.
A moça sentou-se.
Continuei observando o comportamento do casal.
Um casal - jovem - em silêncio.
Sem sorrisos, sem nada.
15 minutos de silêncio.
A mocinha acordou de novo.
Replay! Replay! Replay!
Dormiu novamente.
A moça sentou-se.
Nenhum sorriso e, interessante, nenhum contato físico.
Fiquei pensativo.
Uma relação destas, por diversos motivos, pode durar anos.
E a cada dia os silêncios vão ficando maiores.
Os sorrisos desaparecerão de vez.
O contato físico...
Fiquei ali apenas observando.
E senti, no fundo da alma, que as relações da maneira que existem estão com os dias contados.
São grandes motivadoras das tristezas, das decepções e da castração do ser humano.
São egoístas e alguém acaba sempre sendo submisso para que a relação seja estável.
Eu pensava...
Nisso, a garotinha acordou!
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