segunda-feira, 3 de maio de 2010

Observações sobre um relacionamento

Ontem à tarde, cervejinha gelada, aquele marzão lindo diante dos olhos... eita felicidade!

Quando entra um casal.

Jovens, 20 e poucos anos, com uma garotinha de + ou - 06 meses.

Sentaram-se à minha frente.

Colocaram o bebê-conforto sobre a mesa, deitaram a garotinha.

Bué! Bué! Bué!

As chantagens, por afeto, do ser humano começam cedo.

A moça - mãe - pegou a criança no colo e começou a balançá-la.

O moço ficou sentado.

05 minutos depois, a garotinha na cama.

Bué! Bué! Bué!

A mãe pegou a criança de novo.

Chacoalhou, chacoalhou, chacoalhou.

O moço continuou sentado.

De novo na cama.

Bué! Bué! Bué!

A cena se repetiu durante 1/2 hora, depois a mocinha dormiu.

A moça sentou-se.

Continuei observando o comportamento do casal.

Um casal - jovem - em silêncio.

Sem sorrisos, sem nada.

15 minutos de silêncio.

A mocinha acordou de novo.

Replay! Replay! Replay!

Dormiu novamente.

A moça sentou-se.

Nenhum sorriso e, interessante, nenhum contato físico.

Fiquei pensativo.

Uma relação destas, por diversos motivos, pode durar anos.

E a cada dia os silêncios vão ficando maiores.

Os sorrisos desaparecerão de vez.

O contato físico...

Fiquei ali apenas observando.

E senti, no fundo da alma, que as relações da maneira que existem estão com os dias contados.

São grandes motivadoras das tristezas, das decepções e da castração do ser humano.

São egoístas e alguém acaba sempre sendo submisso para que a relação seja estável.

Eu pensava...

Nisso, a garotinha acordou!

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