Do eu adulto para o eu criança
quero fazer um verso da minha infância.
Vou usar certa discrepância
o rei perde a coroa, o reino, a felicidade
mas não perde a lança.
Eu canto o poema de toda a minha mudança
ergo os olhos, desenhos as imagens
dos risos, dos amores, das danças
depois me encolho, cubro a cabeça
fecho os olhos, choro, sonho,
eu adulto virando criança.
Tenho uma saudade guardada no guarda-roupa
e só a uso quando deito, penso, sonho
quando derramo lágrimas puras
inocentes, sentidas, sem mentiras
porque eu sou um adulto que faz um versol
embrando de todas as andanças
do tempo e do espaço
entre o eu tão homem e o eu tão criança.
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TõeRoberto-são paulo/sp-05agosto1974
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