quarta-feira, 16 de abril de 2008

PROFISSÕES

CRÔNICAS&CONTOS: SOBRE NÓS&OS OUTROS

- Eu acho que, hoje, é muito difícil um jovem escolher a sua profissão - tantas são as escolhas.

- Observo pelos meus filhos mais novos: escolheram as suas carreiras, estão na universidade, mas não sinto firmeza nas suas convicções.

- Extremamente difícil é definir o que se vai fazer pela vida afora, para sobreviver.

- Escolher uma profissão que se gosta, mas o mercado de trabalho é ruim?

- Ou escolher uma profissão que não se gosta, mas o mercado de trabalho é bom?

- Ficam entre a cruz e a espada!

- O ser humano é inseguro, volúvel e diante de fatos/acontecimentos muda constantemente de posição.

- Convivo com muitos adolescentes e observo que a insegurança é geral.

- Não é fácil você descobrir o que realmente lhe fará feliz e o proverá financeiramente na vida.

- E, ainda por cima - salários mesmo das profissões antigamente mais rentáveis - tipo engenharia, medicina, hoje em dia estão em baixa.

- Poucos são profissionais que se dão "muito bem" no que se refere a dinheiro.

- Pouquíssimos os que se dão "muitíssimo bem".

- O mercado vem criando um exército de pessoas com nível superior que acabam trabalhando, por falta de opção, naqueles empregos que antes eram reservados aos profissionais com baixo nível de escolaridade.

- Salários risíveis, vantagens profissionais em queda, estabilidade zero, carreiras inexistentes - é o que o mercado oferece.

- Dizem, de maneira muito convincente, que isto se chama liberalismo, flexibilização, competitividade, globalização - mas acho que se trata apenas de esperteza; mais um dos truques do sistema capitalista, para apertar o cerco e aumentar os seus lucros, de margem já estratosférica, em escala mundial.

- A universidade, hoje, não é mais uma certeza de emprego e de bons salários.

- Num país de desempregados, o diploma, às vezes, não passa de um rótulo sem importância nenhuma para o profissional na fila do seguro desemprego.

- Por isto, eu acho que seria bom o jovem, além da universidade, pensar numa profissão prática - tipo, por exemplo, marcenaria, eletricista, lutier, azulejista, pintor, etc.

- Com qualquer profissão prática, garante-se a sobrevivência em tempos de crise... e desemprego.

- E se mantém o princípio de dignidade e cidadania.

(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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