Há dias que é melhor ficar em silêncio, fingir de morto pra ficar em paz... um pouco feliz.
Engolir a comida - boa ou ruim - sem movimentar os lábios, sem demonstrar alegria ou tristeza.
Tomar um banho - quieto - deitar na rede, olhar o céu estrelado, a lua que desponta do nada sobre a imensidão do oceano e pensar: a vida é um dilema complexo, infinito, indecifrável!
E eu sou a vida!
Nascer, brincar, crescer, trabalhar, adoecer, morrer... teimando que se é eterno.
É necessário criar um interstício pra esta mesmice.
É necessário colocar uma vírgula.
É necessário abrir aspas...
vou roubar um banco e cair no oceano.
À procura de uma explicação plausível para o meu silêncio... a minha solidão.
E vou içar velas verdes - a cor da esperança dos tolos - aportar em ilhas desertas, preencher os espaços vazios da vida, me locupletar - como incógnita - nas tardes solitárias que avançam do horizonte infinito do mar, para dentro da minha alma pirata.
E em silêncio... e solitário vou continuar, pois na quietude da vermelhidão da lua sobre o oceano sem fim, descobri a beleza da minha alma absorta.
E que o silêncio e a solidão é a metáfora da minha felicidade.
Que a vida com alarde é só na hora da morte.
Na hora que começamos a entender o tamanho da nossa impotência.
E o significado do nosso silêncio e solidão intermináveis.
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TõeRoberto-post in jampa/pb
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