sábado, 22 de dezembro de 2007

AS SAUDADES

CRÔNICAS&CONTOS: SOBRE NÓS&OS OUTROS

- Coisa estranha: quando, por um motivo ou outro, a morte me ronda - tipo quando tive um câncer - eu sinto saudades... muitas saudades.

- Umas saudades intensas, doídas - mil espinhos arrancados do fundo da alma.

- Digo: morrer é sentir saudades... muitas saudades.

- Saudades de um tempo que se foi, saudades de um amor inatingível, um lugar inimaginável, um amigo inacessível, um sabor inigualável, uma música impenetrável, uma tarde inesquecível... saudades de um tempo que viria.

- Acho que os mortos sofrem pela ausência de suas presenças sólidas na síntese da vida.

- Estão, mas não estão.

- São, mas não são.

- Falta-lhes a essência do existir concretamente.

- Vagam pelas tardes e sentem saudades... muitas saudades do ruído do vento em seus cabelos.

(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in João Pessoa/PB

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